terça-feira, 7 de agosto de 2012

TERMOS ANTIGOS - DICIONÁRIO: DERRUBAR

DERUBAR APROXIMADAMENTE NA DECADA DE 30 NO SERTÃO ERA UTILIZADO QUANDO UM HOMEM CONSEGUIA TER RELAÇÕES SEXUAIS COM UMA MULHER ANTES DO CASAMENTO.


EXEMPLO: JOÃO DERRUBOU MARIA, ELA FICOU ATÉ GRÁVIDA.

terça-feira, 24 de julho de 2012

A RELIGIÃO DOMESTICA


1. A ORIGEM DAS CRENÇAS

Quando vamos analisar outra crença diferente da nossa, não conseguimos pensar que pessoas realmente acreditam ou acreditavam nelas. Por que realmente é difícil aceitar algo que seja diferente a nos, algo que não estamos acostumados, das nossas verdades.

Ao aprofundarmos mais o estudo sobre os povos que ramificaram os gregos e itálicos, a raça indo-europeia, veremos que existia uma crença que até hoje vivemos vestígios dela, esta baseada em relação a natureza alma e morte. Nos primórdios na Grécia existia a crença em uma segunda vida, nada parecido com a metempsicose, para eles o espirito não voltava em vida para outro corpo humano, nem animais ou plantas, e também não tinham o pensamento de céu ou inferno, para eles a alma continuava na terra vivendo entre os seres humanos ainda vivos.

As mais antigas gerações, muito antes que aparecessem os filósofos, acreditaram em uma grande existência depois da atual. Encararam a morte não como uma dissolução do ser, mas uma simples mudança de vida” Pag. 17

A alma continuava ligada ao corpo e seriam enterrados junto com ele, pensamentos esse em que não existem evidências escritas apenas os ritos fúnebres que sobreviveram com o passar do tempo.

Acreditava-se que ao enterram um corpo, estava enterrando um ser imortal, no fim da cerimonia era chamado o nome do falecido umas três vezes e o desejava uma vida feliz sobre a terra, enterrando muitas vezes objetos que eram para ele importantes em vida, o morto era alimentado, degolava-se animais e escravos e os sepultavam juntos para os servi depois de morto, assim como faziam em vida. Embora não pensarmos nisso, esse costume de uma forma mais sutil ainda existe. Colocamos nos túmulos dos mortos hodiernamente, ali repousa, ou jaz, mesmo que o sentido que usamos não denote que realmente acreditamos que alguém vivo esteja enterrado, muito menos um ser imortal, é apenas um reflexo desse passado. Sem falar dos costumes de colocar uma camisa de time, um anel, ou qualquer outra coisa no caixão do falecido, algo que ele muito gostava, nesse momento também estará refletindo essa religião antiga.

 

 

1.1 A NECESSIDADE DO SEPULTAMENTO

Foi nesta crença primitiva que começou a necessidade em relação ao sepultamento, a alma teria que ter uma morada e ela teriam que ser coberta com a terra, se a alma não tivesse uma sepultura virava errante (fantasma), pelo fato de não receber as ofertas e alimentos que tanto precisavam se tornava infeliz, resultando em um ser perverso que atormentava os seres vivos causando-lhes doenças destruindo suas plantações com o objetivo de que fizessem a sua morada e dessem suas ofertas, ou seja, para uma alma ser feliz ela tinha que ter uma morada que seria a sepultura para que pudesse receber suas ofertas se não, nada, mas era que uma alma miserável. Apenas o sepultamento não era o bastante para a alma tinha-se que também obedecer a ritos tradicionais e as formulas sem todo esse conjunto, realizando apenas o sepultamento a alma não ficaria ali no tumulo, como exemplo temos a historia de Calígula contado por Suetone em que relata que alma de Calígula saiu do tumulo e tornou-se errante pelo fato de ter sido enterrado antes de completar a cerimônia fúnebre, do mesmo modo que existiam formulas para enterrar e “aprisionar” as almas existia também as que invocavam os mortos a superfície.

“Notemos bem que não bastava confiar o corpo à terra. Era necessário ainda obedecer a ritos tradicionais,  e pronunciar determinadas formulas. E Plauto encontra-se a historia de uma alma penada, forçada a andar errante, por que o seu corpo foi lançado a terra sem o seu devido ritual” Pag. 21

 O maior medo do homem não era o fato de morrer e sim o fato de que depois de sua morte ele não recebesse sua sepultura e os devidos ritos, pois disso dependiam a sua felicidade eterna. O homem poderia ter realizado em vida coisas boas ou coisas ruins, mas isso não influenciaria a sua morada depois da morte aquele que vivia debaixo da terra ainda não perdia a necessidade de se alimentar, em determinados dias do ano era levado ao tumulo alimentos, eles eram jogados dentro de um buraco que era feito no tumulo para que pudessem chegar aos defuntos alimentos, os líquidos como vinho e leite eram derramados sobre a terra.

Em todo o tumulo existia uma cozinha especial chamado de culina que era usada exclusivamente para o uso do morto, eram pronunciados formulas consagradas para que o morto pudesse comer e beber, a família  inteira assistia o rito mas não podia tocar os alimentos. Hoje podemos notar que a sociedade ocidental em boa parte em vez de levar alimentos aos seus mortos leva-se grinaldas de flores, costume esse que naquela época também já existia.

Esses costumes prevaleceram durante um grande tempo tornando-se o culto dos mortos, o morto passou a ser uma criatura sagrada, satisfazer suas necessidades virou uma obrigação dos vivos, cada morto eram um deus, os manes (nomenclatura dada pelos latinos), os túmulos eram templo, era lá onde os deuses estavam, diante do tumulo havia um altar onde se dava os sacrifícios.

1.2 DEUS UM ANTEPASSADO

Hoje no ocidente temos como religião, mais conhecida o cristianismo onde Deus foi o criador de tudo, mas antigamente os deuses eram os antepassados porque o deus era quem criava, e na concepção deles quem criava era quem dava a vida aos seres humanos e os únicos capazes de dar vida eram seus antepassados, ou seja, seus pais. A dadiva de gerar um filho era para eles algo fora do entendimento era isso que tornava divino, e que gerava essa apoteose aos antepassados.

O antepassado dependia dos seus descendentes e visse versa. O homem vivo, não poderia abandonar seus manes, e nem seus manes os seus descendentes, pois era uma relação de troca. Concepções essa dos romanos e dos gregos acreditavam que um morto esquecido poderia se tornar uma criatura incrivelmente maléfica e traria desgraça para todos, já um morto alimentado traria uma vida de bonança, fertilidade e felicidade. A eles eram dirigidas orações pedindo piedade e realizações de desejos. Essas divindades para os gregos eram chamadas de demônios ou heróis, os latinos chamavam de lares, manes, ou gênios.

No primeiro momento talvez tenha sido a primeira vez em que o sobrenatural fosse levado em consideração, sedo a religião talvez mais antiga.

2. O FOGO SAGRADO                                                                                         

Nas moradas tanto dos gregos, como dos romanos, havia um altar em que ficavam cinzas e carvões acesos era o chamado fogo sagrado, esse fogo não poderia ser apagado em nenhum momento, a maior preocupação da família era manter esse fogo sempre acesso, caso ele se apagasse a família seria extinta. O fogo não poderia ser derivado de qualquer madeira e nem acesso de qualquer jeito, não se podia alimentar o fogo com todos os tipos de formas, e também cometer ações impuras na frente dele. Em apenas um dia do ano se poderia apagar esse fogo e acender outro no lugar, era no dia 1º de março. O método utilizado para o surgimento do fogo era concentrar o sol na madeira, ou causa atrito entre as madeiras.

O fogo era divino e a ele assim como aos mortos eram ofertados alimentos, flores entre outros. Pediam a eles proteção, saúde, riqueza, felicidade. Faziam orações e cantavam hinos para o fogo sagrado. O fogo era um deus que poderia dar a eles tudo que eles queriam um deus poderoso, protetor, forte e bom. Isto fazia parte do culto a oferta de alimentos que era dividido entre o homem e o deus, uma verdadeira comunhão, orações e está crença não estava apenas limitada a Grécia e Itália estava também do Oriente. Não se questionava se ele estava ou não ou se alimentava ou não, outra característica era o fato de que antes de qualquer coisa inclusive dos deuses, o fogo era mais importante tanto que recebeu nomenclatura de Vesta (a divindade do fogo) e era considerado o deus mais antigo. Podemos perceber características da religião Brama e também nos hindus, isto não implica que os hindus copiaram a religião dos itálicos, e nem que os itálicos copiaram a religião dos gregos, mas sim que seus antepassados foram os mesmos, todos vieram da Ásia Central portado essa religião é mais antiga do que podemos imaginar e se separam para vários lugares do mundo resultado em uma escolha deferente de deuses, mas conservado a essência da religião primitiva. Com o passar do tempo a religião foi se modificando principalmente quando tornou-se  um habito representar os deuses através de nomes e imagens até mesmo a Vesta tornou-se estia Vesta que significava o altar  logo depois sendo representado por uma mulher e mas tarde uma estatua da deusa virgem não ligada ao mundo nem a fecundidade  mais  não mudou a questão de quer a Vesta era o fogo do altar  sagrado. Era o equilíbrio a ordem moral do mundo.  

“O culto sagrado não pertencia a apenas os povos da Grécia e da Itália. Encontramo-lo também no oriente. As leis Manu, na redação que chegou ate nos, mostra-nos a religião de Brama completamente estabelecida, e entrando em declínio; mas ela guardava vestígios e restos de uma religião mais antiga, a do fogo...” Pag.37

O fogo sagrado não era qualquer fogo é importante fazer essa diferenciação. O fogo sagrado precisava de certos ritos, formulas madeiras selecionadas e não com todos os tipos de alimentos, ou seja, o fogo puro não era o mesmo que o da natureza material. Uma religião extraída da própria natureza do homem e não uma concepção de algo totalmente abstrato o deus para eles era quem criava o único ser que eles viam capaz de gerar era seus pais, seus dessedentes.

 

 

3. A RELIGIÃO DOMÉSTICA

Na religião domestica cada família tinha seu deus suas formulas de orações e ele não era acessível a todos ele não aceitava nenhum tipo de culto que fosse de uma família diferente, é importante esclarecer quer o deus deles não era um deus acessível a todos como o deus do cristianismo. A religião era puramente domestica. Nos funerais era terminantemente proibida a entrada de estranhos, pisar com pé na cova do defunto era um grande insulto mesmo que não fosse intencional. A oferta não poderia ser feita se não fosse por seu filho homem primogênito, e tinha quer ser filho de um casamento, pois um casamento junto ao fogo sagrado fazia com que ele fosse digno de oferecer sacrifício. O filho tinha como obrigação casar, caso contrario estaria destruído a felicidade de seus antepassados e sento negligente.

No inicio os túmulos eram no próprio terreno da família, lá era enterrado todos os membros da família, com intuito talvez de que quando um filho chegasse ou saísse da casa pudesse se encontrar com os seus antepassados e de certa forma ele estivesse presente entre eles.

È importante levantar a questão, a religião era diferente em cada casa , quando fala em diferente quero dizer que em cada casa havia antepassados diferentes, o fogo de uma casa não era o mesmo que o da casa vizinha e ele não protegia ninguém além dos que moravam na residência em que estava, além de não ser publico. O fogo sagrado nunca era colocado fora de casa, era localizado em um lugar que estivesse protegido dos olhares dos estranhos. A casa era um templo em que seu deus o protegia.

“Assim, a religião não residia nos templos, mas nas casas; cada um tinha seus deuses; cada deus protegia apenas uma família, e era deus apenas de uma casa (...). Ela nasceu espontaneamente no espirito humano; seu berço foi a família; cada  família fez seus próprios deuses” Pag. 53

 

Assim podemos entender porque a família era tão importante desse culto. Deste o nascimento da criança até a morte ela vivia em contato direto com essa religião e entedia a importância de manter esta tradição. O pai educava o filho a seguir essas crenças e as mulheres não participavam de forma direta. Quando não era casada participava através do pai e depois de casada através do marido sendo até comparada como filha do marido.

ARQUEOLOGIA: A ORIGEM DA VIDA



Não se conhece completamente uma ciência, enquanto não se souber a sua historia

A.      Conte

A teoria que mais predominava no ocidente em relação ao surgimento do mundo era o cristianismo, ou seja, Deus havia criado o mundo e os seres humanos, o homem Adão e a mulher Eva resultando na procriação e no povoamento da terra. Em meados dos séculos XIX o cristianismo foi contraposto quando Christian j. Thonsem afirmou que o homem já vivera há muito tempo nesse planeta, tempo maior do que se supõe pelo que relata bíblia e dividiu esse período em: idade da pedra; idade do bronze; idade do ferro; o estopim dessa contraposição foi quando Charles Darwin afirmou que “as espécies não são constantes, mas as que pertencema um mesmo gênero provêm, em linha direta, de outras, em geral já extintas, assim como as variedades reconhecidas de uma determinada espécie provêm desta espécie”.

A partir deste momento se entende que o homem também fazia parte do reino animal, assim Darwin quis contradizer- negar toda a teoria do cristianismo e passar a crê no evolucionismo. Para reforçar ainda mais sua teoria Darwin publicou mais duas obras, a origem do homem e a seleção sexual, gerando o impacto ainda maior com a religião e também com a sociedade que não admitia sua concepção em relação ao surgimento do mundo, entretanto não deixou de ter reflexos já que através disso podemos notar que a interpretação da igreja passou a ser diferentes, em alguns casos, alguns cristões passaram a acreditar que o relato da bíblia não passava de uma metáfora, ou seja, que na realidade o surgimento do mundo não teria acontecido exatamente do mesmo jeito que se retrata na bíblia.

Com o nascimento do evolucionismo, percebemos que existia um tempo mais remoto, distante de nos e que não conhecíamos, segundo Furani:

“Em 1856, no vale do rio Neander, perto de Dusseldorf, na Alemanha, encontrou-se a calota craniana de um homem primitivo que ficou conhecido como o ‘homem de Neandertal’. Em 1865, surgiram os termos paleolítico (idade da pedra antiga) e neolítico (idade da pedra recente). abriram-se, assim as portas para o estudo da pré-história definida como todo o imenso período anterior a invenção da escrita”. FURANE, pag

A História só veio surgi como ciência voltada ao estudo do passado aproximadamente no século XIX, e a maneira em que se contava essa Historia era através de documentos escritos, que tivessem sua veracidade. Podemos ter a percepção de que a escrita e a Historia surgiram ao mesmo tempo, mas essa não é uma verdade absoluta, a escrita não surgi em todos os lugares do mundo ao mesmo tempo, cada território passou a ter o nascimento da escrita em momentos diferentes e o momento anterior a isso foi denominado proto-história (primeiro momento em que se usava a escrita). Segundo Furani:

Foi no século XIX que surgiu o conceito de historia como ciência voltada para o estudo do passado a partir dos documentos escritos, convencionou que a invenção da escrita seria o inicio da história. Em diferentes regiões do planeta, a escrita começou a ser usada em diferentes momentos, pelo que a História começaria há 5 mil anos no Egito  e na Mesopotâmia e há 3 mil na Grécia”

O período que veio antes da escrita passou a ser chamado de pré-história, vale salientar que no continente americano esse termo indica o período antes da chegada de Cabral ao Brasil, apesar de existi indicio de escrita dos povos nativos como incas, tupis, todos com a sua própria peculiaridade. Gera-se uma teia de contraste já que se sabe que quando Cabral chegou ao Brasil em1492 a escrita existia, mesmo assim esse período anterior é classificado como pré-história. Por que essa denominação haverá de ser dada? Os europeus ao chegarem ao território americano se depararam como uma cultura totalmente diferente, as pessoas andavam nuas, não tinham “armas”. Para eles tudo isso era considerado atraso, pré-histórico. “Nada” era valido, tanto que passaram a impor sua cultura, aos ameríndios, na concepção dos europeus o nativo não poderia não querer andar vestido, não poderia não querer ser catequizado, ou seja, não tinham o direito de ser diferentes e era definido pelo que não tinham.

Se pegarmos um conceito e jogarmos ele em um lugar, esse conceito vai se mover de forma magica, se pegarmos na Europa a concepção de pré-história ela surgiu antes da escrita, e se pegarmos a concepção para a América é o fato da chegada de Pedro Alvares Cabral, e é  justamente o contexto do lugar que causara essa “metamorfose”. A história sempre girou em torno da Europa, os melhores filósofos, os melhores intelectuais, podes se dizer que acreditavam que eram o berço da humanidade! O estudo dos povos ameríndios só veio surgi mais tarde através da antropologia.

Por esses fatores que temos que ter uma visão mais ampla em relação ao termo pré-história, não podemos de certa forma aceitar sem uma analise critica, pode considerar que a forma como a definimos é incoerente. Também viria a ser incoerente se afirmássemos que esta voltada ao estudo dos primeiros povos, já que hodiernamente, inclusive no Brasil ainda existem povos que vivem como se estivessem na pré-história.

A arqueologia e a pré-história

Quando o historiador vai falar de pré historia é de crucial importância levantar a questão de que o trabalho do arqueólogo é fundamental nesse processo, o estudo do mundo material, que nos da à visão e o entendimento de como eram e de como viviam esses povos, através de prospecções, escavações e analise de objetos. Os arqueólogos acham diversos tipos de material, mas normalmente o que tem melhor estado de conservação é o material lítico, ferramenta esta que pode nos mostrar muito sobre o passado, conhecimentos relacionados à agricultura, caça, pesca a tecnologia da época. Já as esculturas encontradas podem nos mostrar os animais que viviam, suas características como o formato do corpo, e principalmente da a entender que esses animais viveram na mesma época com os homens, além do material lítico outro que se conserva muito bem é a cerâmica normalmente feita de barro cozido, porém a cerâmica é muito mais nova em relação ao uso das pedras tendo aproximadamente 13 mil AP. acreditasse que é o material mais antigo fabricado pelo homem, logo após o surgimento da agricultura, a parti deste momento o homem percebeu que precisava de algo para armazenar água, frutos e outros alimentos. No Brasil, a cerâmica tem seus primórdios na Ilha de Marajó. A cerâmica marajoara aponta à avançada cultura indígena que floresceu na ilha. Estudos arqueológicos, contudo, indicam a presença de uma cerâmica mais simples, que indica ter sido criada na região amazônica por volta de 5 mil anos atrás.

Outra evidencia material são as pinturas rupestres é interessante se pensar que, eles poderiam já ter a preocupação em registrar suas vidas através de pinturas em paredes, as pinturas que existem na serra da capivara são tão Incríveis, nelas podemos perceber que existia um movimento comunitário muito intenso “maioria retrata exatamente como viviam (hábitos, costumes, situações cotidianas, crenças, ritos, etc.) e a natureza ao seu redor (elementos da flora e, principalmente da fauna da época).” Através disso podemos perceber que os indivíduos da época eram sociais alegres, e amantes da natureza.

Em 1992, escavações realizadas por Niède Guidon no sitio Bouqueirão da Pedra Furada, No Piauí, mostrou a data mais antiga encontrada pela arqueologia brasileira 48 000 anos e essa datação não é a única no sítio Lapa Vermelha em Minas Gerais e no sítio Santa Eliana existe datas que recuaram até 25 000 anos,  provavelmente viveram no Brasil em um período em que a vegetação era mais baixa, pouco se sabe sobre esses povos, só se encontra alguns restos de ocupação como tênues manchas de fogueiras e fragmentos de pedras pouco lascados, mas isso contrapôs a teoria da chegada dos homens nas Américas, que se imaginava que tivesse acontecido com a ultima grande glaciação terrestre, acreditavas se que o ser humano havia chegado aqui através de uma ponte de gelo no Estreito de Behring, o que de fato ocorreu, mas não foi esse acontecimento que marcou o inicio da ocupação humana nas Américas, e isto inquieta os cientistas, que ficam se perguntando quais foram os primeiros habitantes que chegaram ao Brasil?!

Um método utilizado para a analise de fosseis é a datação em carbono 14. O carbono 14 é formado aparte da colisão entre raios cósmicos e o nitrogênio 14, encontrado na atmosfera, formando o 14CO2, quanto mais o tempo passa, menos carbono 14 o fóssil tem, podemos ter uma data mais exata se o fóssil tiver menos de 5730 anos. O tempo de meia vida do carbono 14 (14C) é de 5730 anos. Isto significa que se um organismo morreu há 5730 anos terá a metade do conteúdo de 14C. O tempo de meia vida de um elemento radioisótopo é o tempo necessário para que se desintegre a metade de sua massa, que pode ocorrer em segundos ou em bilhões de anos, dependendo do grau de intensidade do radioisótopo. Ou seja, se tivermos 200 g de massa de um elemento radioativo, cujo tempo de meia vida é de 10 anos, após esses 10 anos o elemento terá 100 g de massa. Assim sendo, a idade radiocarbono da amostra fóssil pode ser obtida comparando a radioatividade específica 14C/12C desta amostra. Nesse caso, quanto menor é a quantidade de carbono 14 encontrada na amostra mais antiga ela é.

Luzia a primeira brasileira





 

Ao lado esquerdo crânio de Luzia exposto no Museu Nacional da Quinta, no Rio de Janeiro, ao lado direito reconstituição da face com material sintético feito na Universidade de Manchester, na Inglaterra. Ao analisarmos sua reconstituição da face com material sintético feito na Universidade de Manchester, na Inglaterra. Ao analisarmos sua reconstituição podemos perceber que sua fisionomia era negróides, nariz largo, olhos arredondados, queixos proeminentes, crânio estreito e longo, face estreita e curta, ou seja, uma morfologia paleoamericana, mais similar aos australianos e africanos atuais. Os lábios e as orelhas foram imaginados como o tipo de negros atuais. Luzia era mulher e media 1,50 metros de alturas, morreu com 20 e poucos anos, era nômade consequentemente não praticava a agricultura e se alimentava de frutos, folhagens em algumas ocasiões carnes podemos afirmar isso por uma analise da dentição dos fosseis em que indicava que os homens de Lagoa Santa tinham 10% de caries O grupo de Luzia tinha Caries por que se alimentavam mais de Vegetais do que de Carne. Viviam com um grupo de aproximadamente 11 pessoas e possivelmente morta por um acidente ou ataque de animal. O grupo de Luzia hoje é conhecido como “Homens de Lagoa Santa” e localizavam-se onde atualmente é o município de Belo Horizonte. Foi desenterrada em Minas Gerais no ano de 1975, sendo o mais antigo fóssil humano achado ate os dias atuais nas Américas. Os primeiros ossos foram encontrados por um naturalista dinamarquês Peter wilhelm Lund, mas foi com as pesquisas de Walter Neves que se descobriu o tesouro que aquela caverna escondia, pois esperavam encontrar fosseis que tivessem características dos ancestrais dos índios os mongolóides, mas tiveram uma surpresa ao encontrar crânios antigos de negróides.

Para reconstituir o rosto de Luzia alguns pesquisadores ingleses vinheram ao Brasil e realizaram tomografias no crânio de Luzia e levaram para Londres o resultado os exames foram reprocessados em um computador na Univesity College London, resultando em uma imagem tridimensional de como seria Luzia, o modelo foi então levado a um especialista em reconstituição facial da universidade de Manchester, Richard Neave que afirmou em uma entrevista a Revista veja “foram dois métodos diferentes que o levaram a um mesmo resultado”. Em um sitio arqueólogo à 60 quilômetros foi achado outros esqueletos semelhantes a Luzia. Provavelmente esses ancestrais morreram ao enfrentar os mongolóides os ancestrais indiginas

O Brasil que Luzia vivia não era igual ao que vivemos hoje a temperatura era 5ºC mais fria. Já faziam pinturas rupestres No Brasil existiam animais gigantes, e a fauna era bastante exótica. No final do período pleistoceno passou por uma variação climática que aumentou o nível dos oceanos e gerou aquecimento, ainda não existia a floresta amazônica e próximo aos rios existia arvores de aproximadamente um 6 metros de altura. 

 

Referencia bibliográficas

http://www.anfacer.org.br/principal.aspx?tela=ucTelaConteudos&idMenu=92
Martin, G. - Pré-História do Nordeste do Brasil, UFPE, 1996.
Pessis, A.M. - Pré-História da região do Parque Nacional Serra da Capivara. in: M.C.Tenório, Pré-História da terra Brasilis, Editora UFRJ, :61-74, 1999.
Prous, A. - Arqueologia Brasileira. Editora UnB, 1991.

http://www.itaucultural.org.br/arqueologia/pt/tempo/capivara/index.html

http://veja.abril.com.br/2http://fotolog.terra.com.br/landeira:10850899/p_080.html