quarta-feira, 18 de julho de 2012

O NASCIMENTO NA IDADE MEDIEVAL


O nascimento trazia bastante alegria, era motivo de comemoração, não importava quantos filhos um casal tinha, podia ser um número considerável, porém a vinda de mais um é sempre bem-vinda. Não era considerado também o status social. O exemplo sempre vinha das famílias mais ricas, dos casais reais, que checavam a ter aproximadamente 11 filhos como foi o caso de São Luiz e de sua esposa Margarita de Provença.

Graças à alta taxa de natalidade, o repovoamento era rápido, após os desastres como as guerras, destruições, cruzadas, pestes, entre outros. Caso houvesse um aumento considerável de pessoas não havia preocupação, pois sempre há ampliação de mosteiros que permitia o reconhecimento de homens.

A influência de gerar vários filhos vinha principalmente da igreja. Sempre havia imagens religiosas e vitrais que “representavam a natividade da Virgem Maria” ou ate mesmo imagens do nascimento de uma criança dentro de uma família burguesa.

Após o nascimento o bebe era enfaixada e seus cueiros eram fechados, colocavam-se uma touca em sua cabeça. Os cueiros incomodavam as crianças e eles começavam a chorar, para acalma-los eram acalentados movendo-o em seus braços.

Nas famílias mais pobres os berços eram produzidos com troncos de arvores que eram esvaziados. Nas famílias mais ricas podiam ser feitos de madeira ou de metais preciosos.

Uma boa parte das mães cuidava e amamentava seus filhos. Porém as mulheres principalmente da nobreza, não costumavam se preocupar com essas tarefas. Por motivos de falta de interesse das mães, ou causa do emprego e até mesmo de falta de experiência com bebes, as mães contratavam uma ama-de-leite para cuidar de seus filhos. Mas tarde elas transformaram esses afazeres em profissão e passaram a reivindicar exigências como: comer e beber a vontade; descansar.

Assim que nascia o primeiro pensamento de todos era batizar a pequena criança o batismo ocorria aproximadamente três dias após o nascimento, não podiam esperar muito já que tinham medo de a criança morresse antes, pois se isso acontecesse o bebe não poderia usufruir do reino dos céus.

A criança possuía em média dois ou três padrinhos e os mesmos eram responsáveis por escolher o nome da criança. Na cerimonia emergiam o corpo da criança completamente nu dentro da pia batismal, onde logo saia, era enxuto e novamente vestido. Somente entre os séculos XII e XV que se optou por colocar apenas a cabeça, da mesma forma que é aplicada atualmente na Igreja Católica. A partir dessa cerimonia a criança estava oficialmente iniciada no cristianismo, era levada a mãe e a ela era revelado o nome do seu filho, aa mãe o recebia com amor e beijos. Havia comemorações e todos os vizinhos eram convidados. Se o nascimento fosse de um príncipe, todos os súditos eram convidados, e a boa nova era levada para as regiões circunvizinhas, os sinos tocavam, eram celebradas missão, os prisioneiros eram libertados, havia danças e fogueiras.

A mãe repousava até recupera suas forças, e durante esse tempo recebia a visita de amigas, se por um acaso a família a qual pertencia fosse rica todo tesouro que possuíam eram colocados no quarto para fascinar as visitas, entre esses objetos estavam, peles, pratarias, sedas, entre outros.

Ao recuperar-se antes de voltar pras atividades normais a mulher ia a igreja para receber as preces de purificação, atitude que era obrigada, pois sem passar por essas preces não poderia voltar a participar da sua religião.

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